12/12/2019

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Você limpa o seu capacete? Aprenda como fazer

Pilotar ou transportar passageiros sem capacete pode levar o condutor a perder a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A punição, no entanto, não é tão grave quanto os riscos de andar sem o dispositivo de segurança. De acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), a chance de um indivíduo morrer em um acidente de moto é 20 vezes maior do que a de quem está dentro de um carro. Sem o capacete, o número passa para 60 vezes. Além de utilizar o componente, para se manter saudáveis, os pilotos devem ainda fazer a higienização do capacete pelo menos uma vez por semana.

A razão para isso é que, não bastasse as estatísticas alarmantes, muitos motociclistas ignoram as recomendações de manutenção do capacete. O médico e diretor de comunicação da Abramet, Dirceu Alves, chama a atenção para a validade do componente. “O tempo de vida útil de um capacete é de aproximadamente três anos. O condutor pode conferir, dentro do dispositivo, o prazo máximo de validade. Passada a data, o capacete tem obrigatoriamente que ser trocado“.

Se o componente sofrer uma queda, da moto ou até mesmo da mão do condutor, também deve ser substituído. O médico ressalta: “qualquer trauma é capaz de fragilizar o capacete. Mesmo que não haja lesão aparente, como rachaduras, o dispositivo pode não distribuir a energia como esperado e aumentar o impacto direto, diminuindo a proteção contra um traumas cranianos”. Colocar fitas adesivas para segurar as trincas é impensável.

Os capacetes estão expostos a várias condições que podem fazer mal a saúde. Oleosidade, poluição, suor, poeira e microrganismos podem provocar doenças na pele, nos olhos e até mesmo distúrbios respiratórios. Segundo Alves, a higienização deve ser feita toda semana, independente da estação do ano. Isso porque independentemente de suar, a pele produz oleosidade. O ambiente úmido e abafado do capacete é favorável para a proliferação de micoses, mofo e bactérias.

Como limpar o capacete

O ideal é utilizar um pano úmido com sabão neutro em toda a parte de tecido do dispositivo de segurança. Nos modelos em que o forro é removível, fica ainda mais fácil. Basta lavar o tecido na máquina ou à mão. A secagem deve ser feita na sombra em um lugar ventilado. A viseira deve ser higienizada com a mesma frequência.

O protetor é de uso individual e não é recomendável emprestá-lo. O dono do capacete está adaptado aos microrganismos presentes no seu dispositivo. Outra pessoa pode não ter imunidade para os microrganismos presente nele. É possível desenvolver até mesmo doenças como diarreia ao compartilhar um capacete.

Embora seja mais fácil fazer a manutenção de capacetes sem a proteção de mandíbula ou viseira, a Abramet indica o uso do capacete integral. Os óculos de proteção combinados com esse tipo de dispositivo de segurança são permitidos pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), mas não são capazes de proteger o rosto do motociclista, que pode sofrer graves contusões em acidentes ou com a projeção de pequenas pedras.

Fonte: https://autopapo.com.br/


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